O conceito de «Hemeroteca do Algarve» é uma noção criada a partir da realidade constituída por periódicos dispersos pelo país, distribuídos por diferentes tipos de repositórios públicos e particulares, que apresentam distintos estados de conservação, de organização e de acesso ao público.
Data de 1938 o primeiro elenco da imprensa algarvia, intitulado Subsídios para a história da imprensa algarvia: de 1833 aos nossos dias (Faro: Tipografia Caetano), da autoria de José Vieira Branco. Mais recentemente, José Carlos Vilhena Mesquita produziu o inventário exaustivo, descrição e notas históricas da imprensa, em dois volumes, da História da Imprensa do Algarve (Faro: Comissão de Coordenação da Região do Algarve, 1988-1989), que são uma referência neste campo de estudo e que constituíram o nosso principal ponto de partida.
A atualização dos dados aí veiculados, no âmbito deste projeto, permitiu recuar a data da primeira publicação periódica impressa no Algarve de 1833 para 1810, data da impressão da Gazeta de Ayamonte na cidade de Faro, localizar títulos e identificar novos, conhecer o estado de preservação de cada exemplar e as atuais formas de acesso, tendo em vista a diminuição do esforço de digitalização e de organização de conteúdos digitais já existentes.
São jornais, revistas, almanaques, folhas, boletins, editados sob a forma impressa, manuscrita e dactilografada, cuja distribuição geográfica, em permanente atualização, disponibilizamos na tabela em baixo apresentada.
Com efeito, a coleção «Hemeroteca do Algarve» não existe no sentido restrito do conceito, físico e espacial, de um conjunto de objetos materiais que uma pessoa, ou uma instituição se tenha responsabilizado por reunir, classificar, selecionar e preservar em contexto seguro.
A coleção só existe na formulação digital que agora se apresenta, o que aumenta significativamente a sua relevância social, cultural e económica.